30 de dezembro de 2009

Nos Limites Da Arte: Entorno De - 2ª Edição

O projeto Nos Limites Da Arte apresenta nova exposição, Entorno De - 2ª Edição, em duas galerias e no centro de convivência do Complexo Cultural Funarte São Paulo. O evento visa aproximar o público da produção artística que desafia limites entre as artes.



A mostra é dividida em três momentos: Cabana Arte Extemporânea, do Atelier do Centro (Galeria Mário Schenberg), Da Terra ao Povo, mostra coletiva do grupo Mestres da Obra (Galeria Flávio de Carvalho), e a intervenção Café Vacance, da artista plástica Laura Andreato (Centro de Convivência Waly Salomão).

A obra coletiva Cabana Arte Extemporânea reúne 24 artistas que abordam o aspecto pedagógico da formação em arte contemporânea. Eles se revezam em música, teatro, dança, performance, projeção de filmes, shows de música eletrônica, exposições de pintura e instalações, entre outros.

A organização Mestres da Obra - que promove a inclusão de cultura nos canteiros de obra junto aos trabalhadores da construção civil - traz criações variadas, incluindo fotografias de Gabriel Boieras, e poemas do operário Antônio Hermino do Nascimento.

Café Vacance (foto) é uma intervenção que a artista plástica Laura Andreato desenvolve desde o começo de 2009, na qual trabalha com nomes de estabelecimentos comerciais e sua relação com a aparência e a expectativa que projetam.

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29 de dezembro de 2009

Despertar...



E 2009 vai chegando ao fim. O Brasil diminui seu ritmo para as festividades de final de ano. E como ser tecnológico que viu nascer a internet e passou a integrá-la como parte do seu cotidiano, vou deixando a web de lado, pelo menos, por uns dias, para curtir um pouco o prazer e a companhia real dos parentes e amigos que permaneceram longe durante o ano e que o único contato foi possível através de telefonemas, e-mails, MSN, facebook, orkut e tantas outras ferramentas. Mas antes desse período sabático, que deve se prolongar pelos próximos 15 dias, deixo minha última contribuição para 2009, um ano que me proporcionou grandes lições, me pôs a prova em outras, me trouxe a possibilidade de resolver antigas pendências e me permitiu trazer o melhor de mim em escritas e textos que devem se perpetuar pelo menos nos próximos dez anos.

Desculpem se a frase acima denota prepotência ou arrogância, mas não é esta a intenção. O ano de 2009 me amadureceu como ser humano e, principalmente, como escritor. Me mostrou caminhos que até então não havia trilhado e que foram fatores condicionantes para o estabelecimento de uma nova linguagem para a forma como me relaciono com a escrita e o leitor. Assim o foi com Cidade das Mariposas, texto que entrará em cartaz em 2010, ainda sem data definida e para o novo texto que está nascendo com o título Doze Horas para o Fim do Mundo. Esse foi um ano de busca e reencontro com a minha essência como escritor. Uma necessidade de renovação e aprendizado que só é possível após se chegar a um determinado momento de uma jornada de vida e perceber que etapas foram cumpridas e que um novo mundo de possibilidades se descortina para você.


E essa necessidade de renovação que percebo não só em mim, mas em muitos artistas da cena carioca. Esse foi um ano atípico que poucas coisas fizeram diferença no teatro. Muitos dos bons espetáculos que estiveram em cartaz já vieram de uma estreia que ocorreu em 2008. Pouco se inovou este ano. É claro que tivemos boas estreias, bons atores em cena, algumas grandes interpretações, mas no geral tudo tem ficado na forma, na grandiosidade, na estética e pouco na humanidade necessária da personagem que a conecta com o público, que o faz acreditar e viver durante aquele pouco tempo aquela vida que lhe é colocada diante dos olhos.

Espetáculos como Zoológico de Vidro e Viver sem Tempos Mortos têm grandes interpretações de Cássia Kiss e Fernanda Montenegro e realmente emocionaram. Ver Fernanda em cena em toda a simplicidade de uma Simone de Beauvior, apenas ela, o público e o recurso da palavra foi uma das cenas mais emocionantes e que chegou a me causar arrepios. Uma das grandes interpretações de 2009, que mostram mais uma vez que o grande ator é o mestre daquele espaço.

Na mesma condição, apesar de formatos diferentes, vemos espetáculos como In on It do canadense Daniel Macivor e Rebú de Jô Bilac, que comprovam que a receita do teatro se faz de texto e ator.

Em paralelo tivemos outros bons espetáculos que os incluiria na categoria entretenimento puro. Veja bem, a palavra não é proferida em tom pejorativo. Despertar da Primavera, Avenida Q e Gloriosa são espetáculos sem grandes questões a serem discutidas, apenas com a função de contar uma boa estória e divertir o espectador. Boas montagens com elenco coeso.

E é claro, teve gente também que correu por fora e uma das grandes surpresas foi o espetáculo Clandestinos de João Falcão. Espetáculo com gente jovem e desconhecida, texto dinâmico e muita diversão e que deve migrar do teatro para a telinha da TV no ano que vem. Um exemplo de que o bom teatro nasce de pequenos desejos, ideias e anseios.

Avaliando a produção teatral, é possível perceber a ausência de bons textos nacionais, escritos para a nossa gente. Quando traçamos um paralelo entre o teatro brasileiro, o americano e o inglês, percebemos a riqueza da cultura dos últimos dois, a pluralidade de estéticas e a profusão de autores. Talvez por isso o grande interesse de atores, produtores, diretores em montar textos estrangeiros. Textos que discorrem sobre grandes questões universais e, que por isso, atraem nossa atenção. O Brasil parece engatinhar no quesito novos autores, pouca gente boa tem surgido na última década e alguns autores tidos como promessas. Bom... por enquanto são apenas promessas.

Portanto, para 2010, fica aqui o meu incentivo para que a produção literária teatral comece a contar cada vez mais com novos autores nacionais, gente disposta a construir um novo capítulo no teatro brasileiro, e de produtores, atores, diretores dispostos a apostar neles, pois a renovação da linguagem e da estética de que tanto falo só será possível através da palavra.

Um super 2010 para nós e para o teatro

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28 de dezembro de 2009

Seleção Do Humor Stand Up

Em 08 de janeiro, o Teatro Folha volta a ser palco do espetáculo Seleção Do Humor Stand Up, sucesso de público na temporada 2009. O cenário é um microfone e um pedestal, onde os humoristas Márcio Ribeiro, Marcela Leal, Bem Ludmer, Bruno Motta, Fábio Rabin e Maurício Meirelles. O elenco é rotativo e sempre recebe convidados que se destacam no mundo do stand up.



Os comediantes filosofam sobre os fatos cotidianos da vida e experiências pessoais, sem o auxílio de figurinos ou trilhas sonoras para levar o público ao riso. O formato é tradicional nos Estados Unidos e revelou nomes como Jerry Seinfeld, Chris Rock, Bill Cosby, Richard Pryor e David Letterman. O show tem produção de Alexandre Freitas.

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23 de dezembro de 2009

Rodin: Do Ateliê Ao Museu - Fotografias e Esculturas

São 22 esculturas, sendo 21 de bronze e uma de mármore, além de 195 fotografias originais do século 19 e do início do século 20 que compõem a mostra Rodin: Do Ateliê Ao Museu - Fotografias e Esculturas. Pela primeira vez, o acervo fotográfico, exposto em 2008 no Museu de Rodin, em Paris, participa de uma exposição fora da Europa.



A mostra retrata o processo criativo do escultor em seu ateliê, de 1877 a 1917. Com curadoria de Dominique Viéville, diretor do Museu Rodin, e Hélène Pinet, chefe da área de fotografia do Museu, a exposição traz as esculturas Trois Ombres, Grand Modele e Pierre de Wissant Nu, Avec Tête Et Brás, que hoje estão expostas em caráter permanente nos jardins do Museu Rodin, em Paris, e foram trazidas ao Brasil especialmente para a mostra.

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22 de dezembro de 2009

Arnaldo Pedroso D´Horta: Desenho Da Mão

Exposição realiza retrospectiva do artista plástico na Pinacoteca do Estado



A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição Arnaldo Pedroso D´Horta: Desenho Da Mão. A mostra faz uma retrospectiva do trabalho do artista plástico, jornalista, crítico de arte e ensaísta paulista. A curadoria é de responsabilidade de Vera D´Horta, crítica e filha do artista.

São cerca de 120 trabalhos entre pinturas, gravuras, desenhos, fotografias e documentos, feitos entre 1940 e 1972. Destaque para a série de artigos sobre a questão da criação artística e para a série Esqueletos de Animais (1954), em que desenhos se aproximam de estudos anatômicos, revelando caráter poético da obra de D´Horta.

Saiba Mais

21 de dezembro de 2009

3 Atos, 3 Artistas

Até 20 de fevereiro, a Galeria Eduardo H. Fernandes apresenta a exposição 3 Atos, 3 Artistas, com obras de Bernardo Pinheiro, Claudia Melli e Rafael Adorján. Os itens de poéticas distintas trilham caminhos similares, discutindo a união entre imagem e mundo contemporâneo.



Claudia Melli traz a série Azul, conjunto de imagens em preto e branco de marés e céus. O que parece foto é, na verdade, uma pintura de nanquim sobre vidro. A artista atua em desenho, pintura e imagem. Já a série Corpo de Delito, de Rafael Adorján, traz duas camadas de imagens.

Num dos itens, há um corpo nu feminino e um ambiente que remete a uma casa. Sobre o corpo são projetados diferentes slides de cenas familiares, como um álbum. Bernardo Pinheiro mostra a série Equidistantes, exibindo elevadores de portas que abrem e fecham enquanto o objeto muda de andar. As obras provocam no visitante a sensação de imobilidade.

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16 de dezembro de 2009

Teatro - O Pelicano

O Teatro Sérgio Cardoso recebe a adaptação de O Pelicano, texto do dramaturgo August Strindberg. Com direção da premiada atriz Denise Weinberg, o espetáculo mostra como uma família se destrói ao mergulhar fundo em batalhas domésticas e escândalos. As máscaras caem a partir da morte do patriarca do grupo.



Perambulando pela casa, os integrantes da família se humilham, passam por privações, insultos e angústias. A mãe acredita ser "o pelicano" para os filhos, a ave que dá seu próprio sangue para alimentar o filhote. Porém, se mostra uma mulher calculadora, diabólica e obscena.

A matriarca "mata" o marido de desgosto, cansando sua filha com o próprio amante e condenando seu filho ao vício alcoólico. Já a empregada Margret observa os acontecimentos da casa fria e sombria. Os filhos, então, formam uma aliança para se vingarem da profunda falta de amor da mãe.

Ficha Técnica

15 de dezembro de 2009

Teatro - A Alma Imoral

O Teatro Eva Herz re-estreia o espetáculo A Alma Imoral, monólogo da atriz e dramaturga Clarice Niskier, a partir de 9 de março. A direção artística do Teatro Eva Herz é de Dan Stulbach, com supervisão de Amir Haddad.



Com humor fino e delicadeza, Clarice leva à cena adaptações feitas por ela dos pensamentos escritos pelo rabino Nilton Bonder, no livro A alma imoral, no qual aborda o conflito entre o certo e o errado, a obediência e a desobediência e as fidelidades e as traições. A ideia de transformar o texto em teatro surgiu em 2002, quanto a autora ganhou o livro do próprio autor, durante um programa de televisão.

Ficha Técnica
Autor: Nilton Bonder
Adaptação, concepção cênica e interpretação: Clarice Niskier
Supervisão: Amir Haddad
Cenário: Luis Martins
Figurino: Kika Lopes
Iluminação: Aurélio de Simoni
Música Original: José Maria Braga
Preparação Vocal: Célio Rentroya
Direção de Movimento: Márcia Feijó
Preparação Corporal: Mary Lima
Programação Visual: JC Studio - João Gabriel Carneiro e Carol Vasconcellos

Saiba Mais.

14 de dezembro de 2009

Projeto Galeria Do Meio

O Projeto Galeria do Meio recebe exposições individuais dos artistas plásticos Adriana Rocha e Luiz Sôlha. O objetivo é estabelecer diálogo entre poéticas contemporâneas, trazendo 13 pinturas inéditas (de técnica mista sobre tela) dos donos do ateliê. O evento foi inaugurado em outubro com a individual da artista plástica Patrícia Furlong.



Adriana Rocha, que já participou IV Bienal de Havana (1991), apresenta cinco itens (técnica mista sobre impressão fotográfica sobre pintura), pertencentes à série Céus Portáteis. Já Luiz Sôlha, que participou da mostra Acervo do MAM - MAM na OCA (2006), mostra oito pinturas (técnica mista sobre tela) derivadas da série Ampliação.

É preciso agendar visitação pelos telefones (11) 8317-2104 e (11) 9104-5495.

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11 de dezembro de 2009

Feirinha de Natal



Com o objetivo de democratizar a arte, a Arterix promove até 24 de dezembro, a Feirinha de Natal com obras de artistas importantes como Luiz Martins, Dudu Santos, Nicole Mouracade, Alzira Fragoso, Pato, Aline Sancovsky entre outros que vão desenvolver pequenos projetos e esculturas para serem vendidos.

As obras ficam expostas em uma bancada e os valores estão fixados em R$ 300,00 e R$ 900,00. A feirinha de Natal da Arterix acontece de segunda a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados, 10h as 18h30, com entrada franca.

Saiba Mais.

10 de dezembro de 2009

Orquestra Sinfônica Do Estado De São Paulo



A programação da Temporada 2009 da Orquestra Sinfônica Do Estado De São Paulo continua em 10 de dezembro, na Sala São Paulo. Com regência de Yan Pascal Tortelier, a Osesp apresenta obras de Leonard Bernstein e Gustav Mahler. Destaque para o violinista Vadim Guzman.

Do maestro, compositor e pianista americano Leonard Bernstein, os músicos apresentam Serenade, after Plato´s Symposium (1954), para violino, cordas, harpa e percussão. Bernstein foi reconhecido mundialmente após o sucesso na direção da Filarmônica de Nova York. Também compôs para o famoso musical West Side Story. Já do regente e compositor austríaco Gustav Mahler, a orquestra apresenta Sinfonia nº 5 em dó menor (1901-1902).

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8 de dezembro de 2009

Rossini Perez: Desenhos, Matrizes e Gravuras

A exposição itinerante Rossini Perez: Desenhos, Matrizes e Gravuras chega a São Paulo com acervo do Museu Nacional de Belas Artes, na Caixa Cultural Sé. São 89 obras do artista plástico, considerado um dos mestres da gravura. Dentre as obras estão litografias inéditas, serigrafias, xilogravuras e linóleo.



Com curadoria de Laura Abreu, a mostra traz também objetos que influenciaram o trabalho de Perez. Natural do Rio Grande do Norte, ele mudou-se para a capital carioca em 1943 e participou de mais de 11 bienais internacionais, além de se tornar ídolo da crítica e do público de todo o mundo.

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7 de dezembro de 2009

O Quebra-Nozes

A Cisne Negro Cia. de Dança realiza 15 apresentações na Temporada de Dança 2009 do Teatro Alfa. Entre 10 e 20 de dezembro, uma das mais consagradas companhias do país exibe O Quebra-Nozes, com música de Tchaikovsky. Encenado em dois atos, o balé conta a fantasia de Clara, uma menina que ganha muitos presentes na noite de Natal, mas se encanta por um boneco quebra-nozes.



Quando todos vão dormir, Clara vai à sala para brincar com seu novo presente, adormece e entra no mundo da fantasia. Os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, viajam para O Reino das Neves e Reino dos Doces, onde Clara e seu príncipe são homenageados com danças típicas de vários países e com um gracioso pas-de-deux da Fada Açucarada.

A temporada traz também convidados especiais: os brasileiros Marcelo Gomes, Cinthia Beranek e Vladimir Condereche, a uruguaia Maria Ricetto e a coreana Hee Seo.

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4 de dezembro de 2009

Começa venda de leitor digital brasileiro com 400 títulos

Já está disponível para compra o primeiro leitor digital do Brasil. Trata-se do COOL-ER, da GatoSabido, que poderá ser adquirido por R$ 750,00.



A eBookStore GatoSabido iniciará suas atividades no dia 15 de dezembro. Com um investimento inicial de R$ 800 mil, o site entra no ar com 400 títulos em português. A GatoSabido fechou contrato com a livraria virtual COOL-ER, uma das maiores da Inglaterra, que disponibilizará, no primeiro momento, 100 mil títulos de editoras internacionais.

PC Magazine Brasil

3 de dezembro de 2009

Uma Empregada Quase Perfeita - Teatro



Um casal em lua de mel precisa contratar uma empregada para que possam curtir momentos a sós. Ao entrarem em contato com uma agência, o estabelecimento manda um travesti por engano para a casa do casal. A confusão poderia ser desfeita, entretanto o visitante reconhece o marido como um antigo namorado.

Em cartaz há 12 anos, o espetáculo Uma Empregada Quase Perfeita prossegue em temporada no Teatro Jofre Soares. Com texto de Ronaldo Ciambroni, a peça comemora também os 50 anos de carreira do ator e humorista Hilton Have. Com mais de 100 montagens no currículo, Have participou das comédias A Gaiola das Loucas e Sua Excelência O Candidato.

Ficha Técnica
Texto: Ronaldo Ciambroni
Direção: Miriam Lins
Elenco: Hilton Have, Carlos Denoni e Suellen Andrade


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2 de dezembro de 2009

Theatro São Pedro traz espetáculo especial

Além de formar plateia, o projeto de inclusão pretende criar mão de obra especializada

"O cenário está com a cortina fechada. Um homem, vestido de branco, segura o chapéu. Ele canta dolorosamente uma história de amor e traição". A voz de Marli Nunes, audiodescritora do Instituto Vivo, revela a primeira cena de I Pagliacci (ópera do compositor napolitano Ruggero Leoncavallo) às 15 pessoas com deficiência visual na plateia do Theatro São Pedro. A iniciativa é resultado de parceria entre a Associação Paulista dos Amigos da Arte (Apaa) e a operadora de telefonia móvel Vivo, que oferece 15 pares de ingressos gratuitos para esse público nos dias de apresentação.



Aos 92 anos, o São Pedro investe em acessibilidade ao admitir a entrada de cães-guia durante as apresentações, além de oferecer recurso de audiodescrição, libretos de ópera em braile e ajuda de monitores.

Faz toda a diferença

Mais do que descrever a cena, a ferramenta oferece um mundo de possibilidades às pessoas com deficiência visual porque revela noção de espaço, cores, sentimentos, gestos dos atores, vestuário e até o cenário. "Sem a audiodescrição, a ópera seria apenas um espetáculo musical. Com esse moderno recurso, tenho as mesmas informações e sensações de quem enxerga. Algumas cenas são apenas gestuais, como um aperto de mão e, às vezes, um gesto faz toda a diferença para entender a história", garante Roseli Garcia, mestranda na Universidade Mackenzie.

Boas novidades

Pela segunda vez consecutiva, o Theatro São Pedro utiliza a moderna ferramenta. A primeira ópera com audiodescrição foi Cavalleria Rusticana, que ficou em cartaz em julho e foi sucesso de público.

No próximo ano, as peças exibidas no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, devem contar com a tradução para a linguagem de sinais (Libras) para pessoas com deficiência auditiva. "É um projeto que pretendemos estender aos outros teatros do Estado", adianta Mário Masetti, diretor artístico da Apaa, responsável pelo São Pedro e por mais seis teatros estaduais.

De acordo com Marcelo Romoff, gestor do Programa Vivo EnCena, além de inserir as pessoas com deficiência no mundo da ópera, o programa procura formar profissionais para atuar nessa área. A patrocinadora oferece a técnica inclusiva no Teatro Vivo em São Paulo, em espetáculos como Andaime, A Cabra e Vestido de Noiva, entre outras.

Homenagem

O Barbeiro de Sevilha é uma das óperas mais encenadas no mundo. No dia 25 de novembro, às 20h30, uma montagem contemporânea estreia no Theatro São Pedro. A nova montagem é uma realização do Governo do Estado de São Paulo em coprodução com a Apaa.

O Barbeiro de Sevilha
Theatro São Pedro
Rua Barra Funda, 171 - Barra Funda
Apresentações: 25 de novembro às 20h30, 27 de novembro, às 20h30, 29 de novembro às 17 horas; 1o de dezembro, às 20h30 e 3 de dezembro, às 20h30
Ingressos: R$ 20 (inteira) - grátis para pessoas com deficiência visual, limite de 15 pares por récita, pelo telefone 7420-1599 ou pelo e-mail vagner.nascimento@vivo.com.br


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